“A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?” (Salmo 42.2)
A alma que tem sede de Deus anela uma intensificação no relacionamento com Deus, dentro de uma experiência de vida corpórea (vida experimentada no corpo, na carne), podendo ter ao mesmo tempo um desejo de céu, uma fome e sede de eternidade – almejando o que está por vir. É verdade que existem aqueles que dizem que precisamos trabalhar mais para Deus, e não se preocupar em ter pressa de ir ao céu. Certa vez, o apóstolo Paulo disse que era necessário estar com os irmãos, por causa dos próprios irmãos, porém, estar com Cristo é incomparavelmente melhor (Fp. 1.23-24). A sede poetizada por Davi é uma sede de Deus, e não das coisas que dizem respeito a Deus neste mundo. A sede é de encontrar e estar para sempre, eternamente com a pessoa de Deus, e não de realizar as obras, que por mais importantes que sejam, não sejam o próprio Deus. (Amando a Deus, e não o meio ou a instrumentalidade que utilizamos para nos aproximar de Deus). A impressão que tenho, e não sei qual é a sua, apesar de que eu a respeito, é que muitos homens e mulheres de Deus, não têm experimentado essa mesma sede que Davi pode ter. Muitos são os que trocam a água da vida, duradoura e eterna, pela água do poço que logo se secará. Ouvi uma vez de um amigo: “Somos rápidos para satisfazer a fome e a sede do nosso corpo, mas lentos para satisfazer a fome e a sede da nossa alma”. Sem dúvida alguma, nossos pés estão muito bem firmados naquilo que já nos acostumamos a fazer para Deus e pelo nome de Deus, ao invés de querer penetrar na presença mais desconhecida de um Deus vivo. Eu confesso que, particularmente, tenho me concentrado nestes últimos meses, a buscar a face de Deus de uma forma mais dedicada, pois creio que esse processo, a cada dia, torna menor à distância entre Deus e eu. A cada dia, disciplinando-me em não permitir que a minha sede de Deus seja obscurecida. Gostaria, então, de lhe convidar a refletir sobre isso, caso você não tenha percebido o quanto a sua alma necessita de Deus, e essa necessidade desapercebida é substituída por algo que a sua carne se satisfaz – uma água artificial que tem aparência de água da vida, tem gosto de água da vida, mas não é. Parece. Mas não é....
Um comentário:
Obrigado por meditação tão oportuna e rica em objetividade. Fui abençoado pelo texto.
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