Joerley Cruz
O que nos incentiva a seguirmos Jesus todos os dias? Por que nos reunimos como igreja?
Essas duas perguntas devem nos perseguir, devem permear nossa mente e coração.
O que nos incentiva a seguirmos Jesus todos os dias? – ninguém nos manda seguir a Cristo, não somos obrigados a amar ao Senhor. No entanto, nosso amor por Jesus é medido pelo nosso interesse em guardar seus mandamentos (João 14,21), em amar suas palavras, praticando-as, e dedicando nossa vida, nosso tempo, nosso interesse, direcionando nosso desejo em primeiro lugar a Cristo. Não são nossas palavras, simplesmente, que provam nosso amor a Jesus, que provam o porquê de O seguirmos. Não seguimos Cristo por meio de palavras, pois nossa palavra na convence o coração de Deus, mas nossas ações, materializadas no meio da igreja, nossas ações inseridas e dedicadas à igreja do Senhor. O que nos incentiva é a nossa busca e participação no Corpo de Cristo (a Igreja). Quando isso não acontece, demonstramos que não estamos interessados completamente em Jesus.
Por que nos reunimos como igreja? – porque Jesus nos ensina que Ele estará presente quando dois ou três estiverem reunidos em seu nome. Não reunir-se entre dois ou três, é não viver a presença de Jesus. Não participar do Corpo de Cristo em sua dinâmica, alimentando e sendo alimentado, edificando e sendo edificado, servindo e usufruindo do serviço, é valorizar e levar a sério uma reunião de dois ou três. A reunião contínua do Corpo de Cristo (Igreja reunida periodicamente) confirma nosso desejo contínuo por Jesus (nos reunimos no nome dEle), isso significa que os que se distanciam da reunião de dois ou três, negligenciam a presença de Jesus – presença que não há igual em lugar algum. Por que negligenciamos a reunião de dois ou três em nome do Senhor Jesus, sendo Ele o motivo de reunirmo-nos. Não nos reunimos em nosso nome, nem por nossos interesses, nem para satisfazer nossos anseios que se resumem, por muitas vezes, em almoços, festas, bolos, fotografias, balões e risadas, mas nos reunimos para celebrar o nome de Jesus, que foi levantado numa cruz para que, a cada dia, todos os dias, nos lembrássemos dEle, desejando estarmos juntos, com grande desejo, sendo esse o maior desejo. Devemos consultar nosso coração, descobrir os valores que temos, o que é prioridade em nossa vida, buscando de Deus o que acontece com nosso coração enganoso. Como diz Davi: “vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139,24). Que Deus nos abençoe e tenha misericórdia de nós.
Em Cristo †
Um espaço voltado ao pensamento e definições que conduzem à um estilo de vida que segue o Cristo, o Jesus de Nazaré que é Senhor da vida, e em quem reside toda a verdade, o caminho que leva a Deus, e a vida, que é vivida em totalidade por motivo da existência do Filho de Deus, com quem caminhamos, pela fé que nos envolve.
26 abril 2007
25 abril 2007
Os rumos da Igreja de Jesus
Joerley Cruz
A Igreja de Jesus tem sofrido alterações com a passagem dos séculos. No início da era cristã, tudo começou com a comunhão entre dois ou três, referida por Jesus: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (evangelho segundo são João 18,20).
A Igreja aumentou com a presença constante do Espírito Santo, trazendo vida e dons àqueles que a compunham. Não eram mais dois ou três, mas sim, três mil batizados (Atos dos apóstolos 2,41), e ainda o Senhor acrescentava-lhes, dia a dia, os que iam sendo salvos (Atos dos apóstolos 2,47).
Com a perseguição assumida oficialmente à Igreja cristã, os salvos foram dispersos. Cada um em uma cidade, cada qual em um lugar. A dispersão foi decretada. Os cristãos passam a viver em todos os lugares variados.
A Igreja voltou a crescer, porém, de forma expandida, e não de maneira local, chegando a ultrapassar os milhares, porém, dispersos. E isso garantiu com que o evangelho chegasse onde não existia. O tempo passou e a historia da Igreja foi se formando. A Igreja caminhou, e institucionalizou-se.
Hoje, podemos enxergar a Igreja de várias formas e estruturas. A variedade é tão grande que a identidade da mesma Igreja cristã segue por ameaça. Caminhamos ao lado de ortodoxos, liberais, fundamentalistas, neo-pentecostais, igrejas pseudo-cristãs, etc. A sombra de variação já foi invadida pelo sol.
Poderíamos pensar em milhares de Igrejas cristãs espalhadas, formadas por dois ou três. Incontáveis comunidades cristãs de dois ou três, que se reúnem em nome de Cristo.
Hoje, em uma cultura ocidental, um grupo de pessoas, seja religioso ou não, tem credibilidade na medida em que a quantidade de adeptos, membros, ou colaboradores, provoque surpresas diante de seu crescimento. Vivemos numa utopia de resultados. Os resultados são perseguidos, de forma que venha “comprovar” a eficácia. Sendo que é sempre importante lembrarmos que o reino de Deus, pregado por Jesus (um sistema de vida que mescla o domínio do Espírito, influenciando nosso espírito, com a convivência do mundo material e palpável) é o Espírito de Deus quem sopra, não creditando a uma eficácia humana.
Olhando para a realidade da vida da Igreja cristã, a ação humana é colocada em evidência, em destaque, de maneira preferencial. Os homens dão as rédeas nos lugares e nas comunidades onde pisam, onde se concentram. A Igreja cristã contemporânea divide-se entre as que aderiram a um secularismo, seja sutil, ou muitas vezes, assumido, onde seus líderes exalam seus sonhos pessoais, administrativos, corporativos, com técnicas de crescimento, métodos organizacionais e formação de liderança, cunhada em um antropocentrismo justificado na salvação que Cristo dá; co-existindo com aquelas que perseguem uma notoriedade por meio da mídia multifacetada, com um errôneo sentimento de reconhecimento e aceitação – essas prometem bênçãos divinas, agendando a visita de Deus em um determinado dia, onde Ele fará milagres, e proporcionará situações nunca antes vistas. São ainda essas que montam seu próprio império, à custa de expectadores de auditório, que mal sabem seus nomes, suas vidas, dilemas e angústias; existem as igrejas cristocêntricas, diferindo com as outras, uma vez que muitas colocam Cristo no centro de maneira, apenas, discursiva, no entanto, essas de fato, colocam e discursam a respeito de Cristo, nosso Senhor, estar no centro e ser o centro.
Essas últimas são as que sofrem, uma vez que não produzem um diferencial aos olhos desprovidos de fé. São essas comunidades-igrejas minoritárias, que os homens desacreditam, por não proporcionarem resultados que abalem uma sociedade acostumada em ser platéia, que aplaudem os talentosos, mas fogem daqueles que se importam tão somente com o Cristo, que se importam em negar suas vidas, desejos, sonhos, vontades, ambições infantis, em troca do supremo conhecimento de Cristo.
Os grandes auditórios estão cada vez mais lotados, pelo menos enquanto os interesses estiverem em primazia. Os dois ou três estão cada vez mais literais em seu número, porém, mais dispersos como a igreja primitiva, um dia, foi – prontos para receberem um dia, quem sabe, os feridos e pisados pela multidão. Mas hoje, os poucos dois ou três vivem no anonimato, seguindo e servindo a Jesus com simplicidade, porém, com profundidade que é imperceptível pelos notáveis, fazendo a obra de Jesus, que não é vão no Senhor.
Em nome da igreja de Cristo Jesus dos dois ou três...
Em Cristo †
A Igreja de Jesus tem sofrido alterações com a passagem dos séculos. No início da era cristã, tudo começou com a comunhão entre dois ou três, referida por Jesus: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (evangelho segundo são João 18,20).
A Igreja aumentou com a presença constante do Espírito Santo, trazendo vida e dons àqueles que a compunham. Não eram mais dois ou três, mas sim, três mil batizados (Atos dos apóstolos 2,41), e ainda o Senhor acrescentava-lhes, dia a dia, os que iam sendo salvos (Atos dos apóstolos 2,47).
Com a perseguição assumida oficialmente à Igreja cristã, os salvos foram dispersos. Cada um em uma cidade, cada qual em um lugar. A dispersão foi decretada. Os cristãos passam a viver em todos os lugares variados.
A Igreja voltou a crescer, porém, de forma expandida, e não de maneira local, chegando a ultrapassar os milhares, porém, dispersos. E isso garantiu com que o evangelho chegasse onde não existia. O tempo passou e a historia da Igreja foi se formando. A Igreja caminhou, e institucionalizou-se.
Hoje, podemos enxergar a Igreja de várias formas e estruturas. A variedade é tão grande que a identidade da mesma Igreja cristã segue por ameaça. Caminhamos ao lado de ortodoxos, liberais, fundamentalistas, neo-pentecostais, igrejas pseudo-cristãs, etc. A sombra de variação já foi invadida pelo sol.
Poderíamos pensar em milhares de Igrejas cristãs espalhadas, formadas por dois ou três. Incontáveis comunidades cristãs de dois ou três, que se reúnem em nome de Cristo.
Hoje, em uma cultura ocidental, um grupo de pessoas, seja religioso ou não, tem credibilidade na medida em que a quantidade de adeptos, membros, ou colaboradores, provoque surpresas diante de seu crescimento. Vivemos numa utopia de resultados. Os resultados são perseguidos, de forma que venha “comprovar” a eficácia. Sendo que é sempre importante lembrarmos que o reino de Deus, pregado por Jesus (um sistema de vida que mescla o domínio do Espírito, influenciando nosso espírito, com a convivência do mundo material e palpável) é o Espírito de Deus quem sopra, não creditando a uma eficácia humana.
Olhando para a realidade da vida da Igreja cristã, a ação humana é colocada em evidência, em destaque, de maneira preferencial. Os homens dão as rédeas nos lugares e nas comunidades onde pisam, onde se concentram. A Igreja cristã contemporânea divide-se entre as que aderiram a um secularismo, seja sutil, ou muitas vezes, assumido, onde seus líderes exalam seus sonhos pessoais, administrativos, corporativos, com técnicas de crescimento, métodos organizacionais e formação de liderança, cunhada em um antropocentrismo justificado na salvação que Cristo dá; co-existindo com aquelas que perseguem uma notoriedade por meio da mídia multifacetada, com um errôneo sentimento de reconhecimento e aceitação – essas prometem bênçãos divinas, agendando a visita de Deus em um determinado dia, onde Ele fará milagres, e proporcionará situações nunca antes vistas. São ainda essas que montam seu próprio império, à custa de expectadores de auditório, que mal sabem seus nomes, suas vidas, dilemas e angústias; existem as igrejas cristocêntricas, diferindo com as outras, uma vez que muitas colocam Cristo no centro de maneira, apenas, discursiva, no entanto, essas de fato, colocam e discursam a respeito de Cristo, nosso Senhor, estar no centro e ser o centro.
Essas últimas são as que sofrem, uma vez que não produzem um diferencial aos olhos desprovidos de fé. São essas comunidades-igrejas minoritárias, que os homens desacreditam, por não proporcionarem resultados que abalem uma sociedade acostumada em ser platéia, que aplaudem os talentosos, mas fogem daqueles que se importam tão somente com o Cristo, que se importam em negar suas vidas, desejos, sonhos, vontades, ambições infantis, em troca do supremo conhecimento de Cristo.
Os grandes auditórios estão cada vez mais lotados, pelo menos enquanto os interesses estiverem em primazia. Os dois ou três estão cada vez mais literais em seu número, porém, mais dispersos como a igreja primitiva, um dia, foi – prontos para receberem um dia, quem sabe, os feridos e pisados pela multidão. Mas hoje, os poucos dois ou três vivem no anonimato, seguindo e servindo a Jesus com simplicidade, porém, com profundidade que é imperceptível pelos notáveis, fazendo a obra de Jesus, que não é vão no Senhor.
Em nome da igreja de Cristo Jesus dos dois ou três...
Em Cristo †
09 abril 2007
O Evangelho da Graça de Cristo - O Evangelho de Cristo: de graça
Joerley Cruz
“Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.” (Isaías 55,1)
É o próprio Deus, por intermédio de seu profeta Isaías, que convida os sedentos para mergulharem nas águas abundantes, onde se encontra sua graça salvífica. O convite é também para os famintos, os que estão vazios, sem esperança, não importando seu dinheiro.
A sede espiritual não pode ser comprada com dinheiro. A salvação não pode ser vendida. Não há dinheiro, não há esforço em troca de salvação, não há mérito em nenhum de nós, que justifique a inexplicável graça de Deus. Como escreveu Paulo em sua carta aos Efésios (2,8), o dinheiro está nas mãos de Deus, a vontade está nas mãos de Deus, o amor sobre-humano, que constrange, está em Deus.
A comunhão com Deus se dá em um ambiente simples, sem apetrechos, sem obrigações que geram condições. A comunhão com Deus independe da falsa intimidade de homens ou mulheres que tentam ser um canal da graça de Deus para que outros “vejam” Deus.
Cristo é nosso acesso. Experimentamos e testificamos da graça de Deus quando amamos e guardamos as palavras de Cristo. Uma atitude de entrega incondicional a Jesus, nos indica a suficiência de Jesus. Não é dinheiro, não são esforços. Não é condição social ou financeira, mas são corações fiéis num Deus suficiente, que não tem sua face impressa em nenhuma moeda.
Deus não recebe nada de nossas mãos. Nós oferecemos a Deus nosso amor, nossa devoção, nosso coração grato, com espírito de adoração e gratidão.
Dirigimo-nos a Deus agradecidos por sua graça, constrangidos por seu amor. Buscamos a Deus para adorá-lo na beleza de sua majestade.
Buscamos a Deus para contemplá-lo, numa ação de gratidão infinita. Depositamos nossa vida em seus pés, e exclamamos que não temos para onde ir.
Deus está perto porque Cristo aproximou-se e habitou no meio de nós (Evangelho Segundo São João 2,14). Deus está perto porque Jesus nos deixou o Consolador. O Espírito de Deus que nos acompanha está dentro de nós, nos auxiliando em tudo (Evangelho Segundo São João 14,16-31).
É completamente insano o quadro que enxergamos em nossos dias. Os homens se tornaram deuses, e Deus está longe dos homens. Os homens estão distanciando os homens de Deus. Os homens têm tornado a graça ingrata. Muitos tomam uma posição “profética” duvidosa, assumindo em suas palavras, a Palavra de Deus.
O Evangelho da Graça de Cristo está imensuravelmente distante dos templos, pois os templos são demasiadamente pequenos para comportar a imensa e, muitas vezes, desconhecida graça de Jesus. Está distante dos canais televisivos, uma vez que Jesus não veio formar auditórios, e nem consumidores do evangelho. Está distante das palavras sábias de alguns pretensos gurus, que se autodenominam “representantes” do povo de Deus.
Deus está presente nas narrativas dos evangelhos. Ele tem sido representado por pessoas anônimas, desconhecidas, pobres de espírito, mas com fome e sede de justiça. O nosso Deus, Cristo Jesus, é alguém desprovido dessa igreja institucionalizada. Cristo não participa dos dogmas humanos, onde “faça o que digo, mas não faça o que faço”. Jesus não está preso às formalidades, às decisões tão somente humanas, que subestimam a autoridade de Sua revelação, contida nas Sagradas Escrituras – que Inclusive, são pouco consultadas.
A impressão que se dá é que Deus está em um lugar, onde muitos não se aproximam. Ele chama: “vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei” – a água que Cristo dá não permite a seca. Nunca teremos sede na fonte que é Jesus. A sede se dá porque não há onde beber, e os famintos não possuem bens suficientes para comprar o pão custoso dos tiranos que comercializam Deus. Por isso, temos visto e ouvido poços secos, sepulcros caiados, lugares e pessoas inexpressivas, cheias de razão, maneirismos, modernas facilidades, conhecimento que provoca coceiras nos ouvidos, autoridade desautorizada, mas que não possuem humildade e contrição. O Senhor nos chama para perto dele, distante dos falsários. Ele nos convida para irmos à fonte, onde há água pura e límpida, que jorra salvação, e que de tal fonte, ninguém é dono. Ele nos distancia das águas sujas e do pão embolorado.
Deus nos convida à sua presença. Ele nos convida a estarmos em um ambiente de paz, sem sacrifícios, sem barganhas, sem troca de favores, mas sim, um ambiente de graça e de reconhecimento do amor de Cristo, nosso Salvador e Senhor.
Jesus, o Cristo, o Senhor da vida, convida aqueles que estão sedentos, da mesma forma que ele oferece água à mulher samaritana, dizendo que Sua água nunca acaba (Evangelho Segundo São João 4). Cristo convida os que têm fome, para que venham e se alimentem do pão da vida – alimento este que não cessa, não permitindo que alguém sofra de fome. Ele que convida o povo a se alimentar dele (Evangelho Segundo São João 6).
É a voz de Cristo que devemos ouvir. De sua fonte devemos beber, e de suas mãos devemos comer, virando as costas a todo aquele que pede algo mais de nós.
“Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.” (Isaías 55,1)
É o próprio Deus, por intermédio de seu profeta Isaías, que convida os sedentos para mergulharem nas águas abundantes, onde se encontra sua graça salvífica. O convite é também para os famintos, os que estão vazios, sem esperança, não importando seu dinheiro.
A sede espiritual não pode ser comprada com dinheiro. A salvação não pode ser vendida. Não há dinheiro, não há esforço em troca de salvação, não há mérito em nenhum de nós, que justifique a inexplicável graça de Deus. Como escreveu Paulo em sua carta aos Efésios (2,8), o dinheiro está nas mãos de Deus, a vontade está nas mãos de Deus, o amor sobre-humano, que constrange, está em Deus.
A comunhão com Deus se dá em um ambiente simples, sem apetrechos, sem obrigações que geram condições. A comunhão com Deus independe da falsa intimidade de homens ou mulheres que tentam ser um canal da graça de Deus para que outros “vejam” Deus.
Cristo é nosso acesso. Experimentamos e testificamos da graça de Deus quando amamos e guardamos as palavras de Cristo. Uma atitude de entrega incondicional a Jesus, nos indica a suficiência de Jesus. Não é dinheiro, não são esforços. Não é condição social ou financeira, mas são corações fiéis num Deus suficiente, que não tem sua face impressa em nenhuma moeda.
Deus não recebe nada de nossas mãos. Nós oferecemos a Deus nosso amor, nossa devoção, nosso coração grato, com espírito de adoração e gratidão.
Dirigimo-nos a Deus agradecidos por sua graça, constrangidos por seu amor. Buscamos a Deus para adorá-lo na beleza de sua majestade.
Buscamos a Deus para contemplá-lo, numa ação de gratidão infinita. Depositamos nossa vida em seus pés, e exclamamos que não temos para onde ir.
Deus está perto porque Cristo aproximou-se e habitou no meio de nós (Evangelho Segundo São João 2,14). Deus está perto porque Jesus nos deixou o Consolador. O Espírito de Deus que nos acompanha está dentro de nós, nos auxiliando em tudo (Evangelho Segundo São João 14,16-31).
É completamente insano o quadro que enxergamos em nossos dias. Os homens se tornaram deuses, e Deus está longe dos homens. Os homens estão distanciando os homens de Deus. Os homens têm tornado a graça ingrata. Muitos tomam uma posição “profética” duvidosa, assumindo em suas palavras, a Palavra de Deus.
O Evangelho da Graça de Cristo está imensuravelmente distante dos templos, pois os templos são demasiadamente pequenos para comportar a imensa e, muitas vezes, desconhecida graça de Jesus. Está distante dos canais televisivos, uma vez que Jesus não veio formar auditórios, e nem consumidores do evangelho. Está distante das palavras sábias de alguns pretensos gurus, que se autodenominam “representantes” do povo de Deus.
Deus está presente nas narrativas dos evangelhos. Ele tem sido representado por pessoas anônimas, desconhecidas, pobres de espírito, mas com fome e sede de justiça. O nosso Deus, Cristo Jesus, é alguém desprovido dessa igreja institucionalizada. Cristo não participa dos dogmas humanos, onde “faça o que digo, mas não faça o que faço”. Jesus não está preso às formalidades, às decisões tão somente humanas, que subestimam a autoridade de Sua revelação, contida nas Sagradas Escrituras – que Inclusive, são pouco consultadas.
A impressão que se dá é que Deus está em um lugar, onde muitos não se aproximam. Ele chama: “vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei” – a água que Cristo dá não permite a seca. Nunca teremos sede na fonte que é Jesus. A sede se dá porque não há onde beber, e os famintos não possuem bens suficientes para comprar o pão custoso dos tiranos que comercializam Deus. Por isso, temos visto e ouvido poços secos, sepulcros caiados, lugares e pessoas inexpressivas, cheias de razão, maneirismos, modernas facilidades, conhecimento que provoca coceiras nos ouvidos, autoridade desautorizada, mas que não possuem humildade e contrição. O Senhor nos chama para perto dele, distante dos falsários. Ele nos convida para irmos à fonte, onde há água pura e límpida, que jorra salvação, e que de tal fonte, ninguém é dono. Ele nos distancia das águas sujas e do pão embolorado.
Deus nos convida à sua presença. Ele nos convida a estarmos em um ambiente de paz, sem sacrifícios, sem barganhas, sem troca de favores, mas sim, um ambiente de graça e de reconhecimento do amor de Cristo, nosso Salvador e Senhor.
Jesus, o Cristo, o Senhor da vida, convida aqueles que estão sedentos, da mesma forma que ele oferece água à mulher samaritana, dizendo que Sua água nunca acaba (Evangelho Segundo São João 4). Cristo convida os que têm fome, para que venham e se alimentem do pão da vida – alimento este que não cessa, não permitindo que alguém sofra de fome. Ele que convida o povo a se alimentar dele (Evangelho Segundo São João 6).
É a voz de Cristo que devemos ouvir. De sua fonte devemos beber, e de suas mãos devemos comer, virando as costas a todo aquele que pede algo mais de nós.
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