Creio que o Evangelho de Jesus de Nazaré seria suficientemente preciso para nos ensinar a respeito do valor das pessoas...
A sociedade possui habilidade em lançar fora quem achar por bem lançar. São muitas as coorporações que, por ligeiros estalos de dedos, descartam indivíduos. O ser humano tem como parte de si desprezar quem não lhe interessa mais. Porém, percebemos que Jesus vem nos corrigir. Ele nos vem ensinar sobre o próximo, e não sobre nossa defesa para com um grupo. Não é o grupo que interessa o Senhor Jesus, mas é a parte que integra o grupo na sua somatória - aliás, não haveriam grupos se não houvesse o indivíduo.
O que me motiva em direção deste tema é o fato de assistir muitos grupos, inclusive grupos que se denominam corpo de Jesus - Aquele que dignifica a pessoa, o indivíduo - na ação de arrastarem indivíduos para fora de seus meios. O mundo vivido sob a ótica do reino de Cristo é inclusivo e não destrutivo, descartável. O problema é que o homem aprendeu a viver em um mundo descartável. Tudo se joga fora. Tudo se usa apenas uma vez. O reciclável é apenas uma tentativa de lucrar com aquilo que um dia não prestou mais. No entanto, pessoas não são recicláveis; daí, indivíduos descartáveis não são reaproveitados por ninguém, a não ser pelo próprio Jesus. Aprendeu-se que tudo o que não serve mais se despreza. Todavia, é preciso compreender que somos todos feitos do mesmo material.
Nossa oração deve dedicar atenção para que Deus tenha misericórdia conosco. Devemos orar por nós mesmos, não pedindo algo para o nosso deleite, mas pedindo que Deus nos ensine quem verdadeiramente somos, assim, entenderemos quem verdadeiramente são os outros.
Essa mentalidade é da Igreja. A Igreja que a Bíblia exalta. A Bíblia aponta para essa Igreja. É ela quem deve ensinar a todos. Os que erram devem ser abraçados. Devem ser abraçados por todos da Igreja - somente entende sobre o erro, quem também o comete, ou melhor, quem também o assume (quando falo em erro, se quiser pensar em pecado, fique a vontade, apenas não me descarte por isso).
Não deixemos os que erram-pecam solitários, quando realmente são culpados. A característica de uma pessoa que caminha onde Cristo caminha, diz respeito ao levantar. Jesus, por onde passava, sempre levantou os que caíram.
Que ninguém seja desprezado. Que ninguém despreze. Pois quando isso lhe vier à cabeça, lembre-se que Deus o acolheu.
Um espaço voltado ao pensamento e definições que conduzem à um estilo de vida que segue o Cristo, o Jesus de Nazaré que é Senhor da vida, e em quem reside toda a verdade, o caminho que leva a Deus, e a vida, que é vivida em totalidade por motivo da existência do Filho de Deus, com quem caminhamos, pela fé que nos envolve.
22 fevereiro 2011
09 fevereiro 2011
Comer, rezar e amar
Não faço nenhuma alusão ao filme ou ao livro, até porque não tive acesso a ambos. Chamou-me a atenção o tema: “comer, rezar e amar”.
É a base do homem: a comida, a oração, e o amor. Parece que os três prazeres importam ou valem mais do que qualquer tipo de outras obrigações que o homem se impõe, bem como impõe aos outros.
Comer é viver. É viver com prazer e satisfação. A comida não precisa ser vista como um causador de doenças – é notória a culpa pela obesidade e outras situações patológica e esteticamente indesejáveis, vista como momentos de impulsos e fugas resultantes de qualquer distúrbio. Mas quando bem compreendida é compreendida como o motivo que nos leva à mesa, desenhando amizades e amores. Comemos porque é satisfatório. Comer apenas para viver é atribuir somente ao estômago o prazer de saciedade. A boa comida bem digerida proporciona sensações de festa ao corpo – festa onde todo o corpo participa recebendo o que se é ingerido, iniciando pelo paladar, pela boca. O alimento é eucarístico uma vez que agradecemos quando o recebemos de Deus. Comer é experimentar concretamente a graça de Deus sem necessitar fechar os olhos e apelar para uma espiritualidade inacessível.
A oração é o alimento da alma. Falar com Deus é sentir-se completo, saciado pela companhia daquele que por si só alimenta. Falar com Deus e ouvi-lo é não mais experimentar a sensação de vazio. Após os momentos de oração a paz inunda o interior do homem. Parece que não é mais necessário fazer nada a não ser sentar, ou deitar, ou olhar para o céu com satisfação, com a noção de que tudo foi preenchido – uma convicção clara de que a Deus pertencemos. São as orações que devem sempre nos indicar que conversamos com o ser mais importante de toda existência. A oração é o tempo dedicado, é como reservar um momento exclusivo – da mesma forma como devemos dedicar o momento apenas para comer. A comida e as orações carecem de momentos únicos, exclusivos, valorizados pelos seus efeitos.
Amar é também viver e viver bem, como também nos serve de alimento. São João em sua primeira carta geral, diz que Deus é amor. Não se trata de caracterizarmos que tipo de amor. Todo e qualquer amor genuinamente divino – se é que existe algum amor não divino – se completa pela motivação de Deus. O homem foi criado para amar. Amar a Deus sobre todas as coisas, e amar seu próximo. Amamos as pessoas, pois elas são oriundas de Deus assim como nós também o somos. Amamos nosso parceiro(a) que escolhemos amar para toda a vida, porque Deus muito desejou ver-nos unidos com quem amamos. Amar é parte de uma declaração assinada por Deus em seus “cantares”. Quem não ama não vive. Há necessidade de amor que envolve alegria e serviço ao outro. Há necessidade de amor que envolve prazer. O prazer está no belo, no querer bem, uma vez que nosso corpo anseia pelo corpo de quem amamos intimamente, recebendo de Deus total e absoluta aprovação. Este amor se completa ainda mais, quando nas muitas das vezes, provoca procriação – os filhos são herança de Deus, diz a Bíblia. A herança de Deus vem como resultado de intenso amor. Amor dedicado e sem reservas é o caminho para recebermos quem Deus nos deu como herança. O amor feito na própria fonte é frutífero. É o beber se sua própria cisterna, já disse o sábio na Bíblia.
É impossível desvencilhar o ato de comer com a satisfação que há em Deus – o que muitas vezes uniu Deus ao homem foi a mesa posta – uma das últimas situações de comunhão de Jesus com seus discípulos fora sido na mesa, onde Ele mesmo afirmou que seria para sempre um ato sagrado.
A oração é a pausa da vida. É a pausa do comer e do amar. Inclusive é bom que fique justamente no meio, entre eles. Isso porque é a oração que liga tudo o que fazemos e que Deus achou muito bom que assim o fosse. No Gênesis da Bíblia há o relato de que Deus visitava o homem na viração do dia. Deus se faz presente e se satisfaz quando tudo se mistura. Há Deus em tudo, em todos os lugares, em todos os momentos. Não há meio de anular Deus, não há como não senti-lo, uma vez que Ele já está. Se Deus é o sujeito de nossa oração, em tudo e de tudo Ele participa.
Já o amor, e finalmente o amor, somente existe porque Deus nos incentiva para tal. Para com o próximo, que são todos os homens sem exceção, tornou-se lei definitivamente pela boca de Jesus. O amor desfrutado com quem nos tornamos somente uma carne, somente um corpo, tornou-se o presente de Deus, onde não nos sentiríamos jamais solitários – Deus olhou para o homem no jardim e desejou presenteá-lo. Adão encontrou Eva, sua mulher, e achou o bem maior (Provérbios 18,22); Eva encontrou Adão, seu marido, igualmente encontrou o bem, a paz, a harmonia e o favor de Deus. É presente. Deus presenteia o homem com a mulher, que como presente é valorizada e amada, devolvendo respeito pelo respeito recebido.
Coma, ore e ame, está é parte do homem na vida. As responsabilidades?! São cumpridas potencialmente por parte de quem vive bem...
É a base do homem: a comida, a oração, e o amor. Parece que os três prazeres importam ou valem mais do que qualquer tipo de outras obrigações que o homem se impõe, bem como impõe aos outros.
Comer é viver. É viver com prazer e satisfação. A comida não precisa ser vista como um causador de doenças – é notória a culpa pela obesidade e outras situações patológica e esteticamente indesejáveis, vista como momentos de impulsos e fugas resultantes de qualquer distúrbio. Mas quando bem compreendida é compreendida como o motivo que nos leva à mesa, desenhando amizades e amores. Comemos porque é satisfatório. Comer apenas para viver é atribuir somente ao estômago o prazer de saciedade. A boa comida bem digerida proporciona sensações de festa ao corpo – festa onde todo o corpo participa recebendo o que se é ingerido, iniciando pelo paladar, pela boca. O alimento é eucarístico uma vez que agradecemos quando o recebemos de Deus. Comer é experimentar concretamente a graça de Deus sem necessitar fechar os olhos e apelar para uma espiritualidade inacessível.
A oração é o alimento da alma. Falar com Deus é sentir-se completo, saciado pela companhia daquele que por si só alimenta. Falar com Deus e ouvi-lo é não mais experimentar a sensação de vazio. Após os momentos de oração a paz inunda o interior do homem. Parece que não é mais necessário fazer nada a não ser sentar, ou deitar, ou olhar para o céu com satisfação, com a noção de que tudo foi preenchido – uma convicção clara de que a Deus pertencemos. São as orações que devem sempre nos indicar que conversamos com o ser mais importante de toda existência. A oração é o tempo dedicado, é como reservar um momento exclusivo – da mesma forma como devemos dedicar o momento apenas para comer. A comida e as orações carecem de momentos únicos, exclusivos, valorizados pelos seus efeitos.
Amar é também viver e viver bem, como também nos serve de alimento. São João em sua primeira carta geral, diz que Deus é amor. Não se trata de caracterizarmos que tipo de amor. Todo e qualquer amor genuinamente divino – se é que existe algum amor não divino – se completa pela motivação de Deus. O homem foi criado para amar. Amar a Deus sobre todas as coisas, e amar seu próximo. Amamos as pessoas, pois elas são oriundas de Deus assim como nós também o somos. Amamos nosso parceiro(a) que escolhemos amar para toda a vida, porque Deus muito desejou ver-nos unidos com quem amamos. Amar é parte de uma declaração assinada por Deus em seus “cantares”. Quem não ama não vive. Há necessidade de amor que envolve alegria e serviço ao outro. Há necessidade de amor que envolve prazer. O prazer está no belo, no querer bem, uma vez que nosso corpo anseia pelo corpo de quem amamos intimamente, recebendo de Deus total e absoluta aprovação. Este amor se completa ainda mais, quando nas muitas das vezes, provoca procriação – os filhos são herança de Deus, diz a Bíblia. A herança de Deus vem como resultado de intenso amor. Amor dedicado e sem reservas é o caminho para recebermos quem Deus nos deu como herança. O amor feito na própria fonte é frutífero. É o beber se sua própria cisterna, já disse o sábio na Bíblia.
É impossível desvencilhar o ato de comer com a satisfação que há em Deus – o que muitas vezes uniu Deus ao homem foi a mesa posta – uma das últimas situações de comunhão de Jesus com seus discípulos fora sido na mesa, onde Ele mesmo afirmou que seria para sempre um ato sagrado.
A oração é a pausa da vida. É a pausa do comer e do amar. Inclusive é bom que fique justamente no meio, entre eles. Isso porque é a oração que liga tudo o que fazemos e que Deus achou muito bom que assim o fosse. No Gênesis da Bíblia há o relato de que Deus visitava o homem na viração do dia. Deus se faz presente e se satisfaz quando tudo se mistura. Há Deus em tudo, em todos os lugares, em todos os momentos. Não há meio de anular Deus, não há como não senti-lo, uma vez que Ele já está. Se Deus é o sujeito de nossa oração, em tudo e de tudo Ele participa.
Já o amor, e finalmente o amor, somente existe porque Deus nos incentiva para tal. Para com o próximo, que são todos os homens sem exceção, tornou-se lei definitivamente pela boca de Jesus. O amor desfrutado com quem nos tornamos somente uma carne, somente um corpo, tornou-se o presente de Deus, onde não nos sentiríamos jamais solitários – Deus olhou para o homem no jardim e desejou presenteá-lo. Adão encontrou Eva, sua mulher, e achou o bem maior (Provérbios 18,22); Eva encontrou Adão, seu marido, igualmente encontrou o bem, a paz, a harmonia e o favor de Deus. É presente. Deus presenteia o homem com a mulher, que como presente é valorizada e amada, devolvendo respeito pelo respeito recebido.
Coma, ore e ame, está é parte do homem na vida. As responsabilidades?! São cumpridas potencialmente por parte de quem vive bem...
18 janeiro 2011
Caminho de Cristo: solidariedade, sensibilidade e amor
O caminho de Cristo é identificado pela solidariedade, sensibilidade, onde ambos são depositados em uma base de amor...
A solidariedade veio à tona. É impossível não sermos solidários - se há algo que não corresponda a este sentimento-ação, há algo errado no ser humano individual. Nunca vivemos tempos mais propícios para sermos solidários com os que sofrem maiores perdas diante de tamanhos desastres. O mundo está caminhando de tal forma que já sobram vagas para os que desejam ou precisam ser solidários. "Chorai com os que choram" disse Jesus.
A sensibilidade acompanha quem se solidariza. Vivemos ainda em um mundo onde há resistentes em grande número. Muitos são os que lutam pela e mediante a razão apenas. Lutam para que todos tenham os pés no chão, olhando a vida com realidade cruamente - lutam pelas bases, sem que haja sonhos, lamentos, choros, ou esperança. A sensibilidade é rara. Não há sensibilidade pelos que têm fome - torna-se mais fácil mandar a multidão ir embora para longe, assim não precisamos alimentá-los. Não há sensibilidade nos relacionamentos. Parece-nos que a alegria está nas conquistas, mas conquistas estas que referem-se ao poder, ao domínio, à notoriedade. Jesus chora por seu amigo Lázaro que havia morrido; como também chora pela cidade de Jerusalém em tom de lamento. No entanto, em seu próprio caminho, Cristo sempre pergunta "o que desejas que te faço?" ou em suas diversas procissões com os discípulos, pára com finalidade de retornar àqueles que são cegos ou sofrem de alguma forma.
O amor significa olhar atentamente o outro e não apenas a si mesmo. O amor é calcado pela solidariedade e a sensibilidade. As diversas tragédias que marcam um novo tempo em nossa vida sinalizam melhor quem é Jesus, a partir do momento em que olhamos os homens vitimados como Jesus olharia. Não há como fugir, não como enganar e nem como criar máscaras. Por meio de nossa realidade hoje, voltamos ao desejo de Deus: sermos próximos. Os que resistirem serão caracterizados como egoístas, insensíveis e desalmados com muito desamor.
Somos nós, os que caminham nos caminhos de Jesus, é que damos de comer aos que têm fome. É o melhor momento para revelarmos quem é Jesus de Nazaré e seu significado. Caso contrário, nosso caminho é outro, ou seja, caminhamos com a religião e com os que assistem tudo e lavam suas mãos sem ter a capacidade de mudar a história - Jesus nos chama não para mudar o mundo, mas para mudar a história das pessoas, diante do mundo que elas vivem...
A solidariedade veio à tona. É impossível não sermos solidários - se há algo que não corresponda a este sentimento-ação, há algo errado no ser humano individual. Nunca vivemos tempos mais propícios para sermos solidários com os que sofrem maiores perdas diante de tamanhos desastres. O mundo está caminhando de tal forma que já sobram vagas para os que desejam ou precisam ser solidários. "Chorai com os que choram" disse Jesus.
A sensibilidade acompanha quem se solidariza. Vivemos ainda em um mundo onde há resistentes em grande número. Muitos são os que lutam pela e mediante a razão apenas. Lutam para que todos tenham os pés no chão, olhando a vida com realidade cruamente - lutam pelas bases, sem que haja sonhos, lamentos, choros, ou esperança. A sensibilidade é rara. Não há sensibilidade pelos que têm fome - torna-se mais fácil mandar a multidão ir embora para longe, assim não precisamos alimentá-los. Não há sensibilidade nos relacionamentos. Parece-nos que a alegria está nas conquistas, mas conquistas estas que referem-se ao poder, ao domínio, à notoriedade. Jesus chora por seu amigo Lázaro que havia morrido; como também chora pela cidade de Jerusalém em tom de lamento. No entanto, em seu próprio caminho, Cristo sempre pergunta "o que desejas que te faço?" ou em suas diversas procissões com os discípulos, pára com finalidade de retornar àqueles que são cegos ou sofrem de alguma forma.
O amor significa olhar atentamente o outro e não apenas a si mesmo. O amor é calcado pela solidariedade e a sensibilidade. As diversas tragédias que marcam um novo tempo em nossa vida sinalizam melhor quem é Jesus, a partir do momento em que olhamos os homens vitimados como Jesus olharia. Não há como fugir, não como enganar e nem como criar máscaras. Por meio de nossa realidade hoje, voltamos ao desejo de Deus: sermos próximos. Os que resistirem serão caracterizados como egoístas, insensíveis e desalmados com muito desamor.
Somos nós, os que caminham nos caminhos de Jesus, é que damos de comer aos que têm fome. É o melhor momento para revelarmos quem é Jesus de Nazaré e seu significado. Caso contrário, nosso caminho é outro, ou seja, caminhamos com a religião e com os que assistem tudo e lavam suas mãos sem ter a capacidade de mudar a história - Jesus nos chama não para mudar o mundo, mas para mudar a história das pessoas, diante do mundo que elas vivem...
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