Joerley Cruz
Em uma sociedade ocidental, moderna, sem tempo e com muitas responsabilidades, a simplicidade na reunião da mesa se tornou evento do passado. Deus inventou o momento da reunião na mesa. As Pessoas do Pai, do Filho Jesus e do Espírito Santo, vivenciaram durante toda a eternidade a reunião da mesa. A mesa já estava presente na realidade do Deus Triúno, antes de existirmos. O Trino Deus envia uma de suas Pessoas: o Filho, para que nos ensinasse a comunhão do “sentar-se” juntos. Jesus, o Filho, vem aos homens e senta com pecadores, senta-se com religiosos confusos, senta-se com homens moralmente desmerecedores de sentarem à mesa com o Senhor, mas agraciados pelo amor de Deus. A mesa onde o Senhor está traz transformação, provoca entendimento, culmina em um sentimento em ser aceito por Ele. Na mesa do Senhor o alimento satisfaz. A sua presença elimina nossa sede, nossa inquietação, nossa falsa sensação de abandono e culpa, conscientizando-nos que somos abraçados, amados, e convidados pelo próprio Deus – na Pessoa do Senhor Jesus. O ato da reunião na mesa com Cristo, nos nivela no mesmo plano onde Ele está. No mesmo espaço onde Deus descansa suas mãos, também descansamos as nossas. Na mesa do Senhor, todos estão sentados em um mesmo nível. Na mesa do Senhor não há distanciamento, não há espaços abismais que nos separam do Deus da mesa. Na mesa de Jesus somos ligados a Ele, e ligados entre nós, sem necessidade de esforços, pois, sentados no mesmo nível,somos unidos com Ele. Diante de nossa união com Cristo na mesa, somos até mesmo confundidos entre nós (Judas Iscariotes, mediante sua traição, não foi prontamente identificado – “Quando estavam à mesa e comiam, disse Jesus: Em verdade vos digo que um dentre vós, o que come comigo, me trairá. E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe, um após outro: Porventura, sou eu? Respondeu-lhe: É um dos doze, o que mete comigo a mão no prato.” – Marcos 14,18-20). Originalmente, e intencionalmente, na mesa de Jesus somos convidados em sermos iguais em sua presença, como também nos alimentarmos dEle. É a mesa da comunhão, é a mesa do encontro. É a mesa sem pressa, sem preocupação (Judas, em sua preocupação, e usado por Satanás, recebe ordem do Senhor para que vá depressa – João 13,27). Porém, não devemos nos apressar, mas aproveitar o privilégio.
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