Joerley Cruz
A vida é bela. A vida doada por Deus, que é uma vida vivida na essencialidade, de nada necessita. É preciso compreender o que é essencial. A beleza da nossa vida está no suprimento de nossas necessidades. Somos supridos por Deus de tal forma que nem percebemos. Isso é belo! O mérito, geralmente, é dado ao fruto de nossas mãos. É um erro! Lutamos por aquilo que não carecemos, pois a respeito do essencial, estamos supridos. Dedicamo-nos ao algo mais, aos prazeres a mais, ao que podemos acrescentar à nossa vida; no entanto, a essencialidade da vida, nossas maiores necessidades, sempre esteve ao alcance – sempre fomos agraciados. A vida é bela porque belo é o direito de viver. A beleza está em Deus nos chamar para a vida, compartilhando sua criação, experimentando sua presença, e, principalmente, percebendo que Ele nos cerca por todos os lados, sustentando-nos por todos os lados. A beleza não está nas coisas fabricadas pelo homem, mas em tudo aquilo que de antemão nos foi proporcionado. O que é preciso é parar de reclamar, de queixar-se por questões frívolas, sem importância. O prazer e a beleza é abraçar o pequeno, o simples, o suficiente, que na verdade é infinito.
A beleza está na infinita suficiência de Deus. É belo porque é insano ao mundo repleto de belezas que descolorem a qualquer momento. É belo porque é durável, é real, é acessível. A beleza da vida está na simplicidade de Deus em direção a nós. Deus não é complicado em nos agradar, não nos ilude, mas nos supre. A vida é bela quando o essencial de Deus vem na frente. É entendida e vivida como bela, quando o nosso esforço pelas questões secundárias não é vital. É belo viver o desprendimento. A liberdade está na beleza de viver sem amarras, e a beleza da vida está em decidirmos dizer: estou satisfeito.